Na última quinta-feira, 22 de agosto, a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) sediou a reunião preparatória para a 6ª plenária do Plano Clima Participativo, com foco no Bioma Cerrado. O evento ocorreu no auditório do prédio I do campus Imperatriz e contou com a presença da reitora Luciléa Gonçalves, acadêmicos e servidores da universidade, além de representantes de diversos movimentos sociais, comunidades tradicionais, povos indígenas e lideranças urbanas. O objetivo foi definir as principais propostas desses setores para a construção do Plano Clima e o enfrentamento das emergências climáticas.
A reunião teve como objetivo familiarizar os participantes com a plataforma Brasil Participativo, apresentada por uma equipe da Secretaria Nacional de Participação Social da Presidência da República. Durante o encontro, foram selecionadas 10 propostas para serem discutidas na plenária principal, realizada no dia seguinte, 23 de agosto, em Imperatriz.
“É importante destacar o apoio que o governo do Estado e as instituições acadêmicas e públicas aqui no Maranhão estão dando para essa iniciativa de apostar na democracia e na participação social na construção de soluções para os problemas climáticos. As mudanças climáticas exigem a participação de todos os atores para um enfrentamento conjunto, e o que vimos aqui foi a disposição das diversas instituições, inclusive a UEMASUL, que abriu seus espaços para essa construção”, afirmou Ronald Ferreira dos Santos, coordenador de articulação da participação social na Secretaria Nacional de Participação Social da Presidência da República.
Cerca de 50 professores e acadêmicos da UEMASUL participaram da plenária. Foto: ascom/UEMASUL.
Na plenária, a professora doutora Liriane Gonçalves, do curso de Geografia do campus Imperatriz, foi convidada a falar em nome da comunidade científica sobre as mudanças climáticas. Cerca de 50 professores e acadêmicos da UEMASUL participaram do evento. Entre eles, o professor Jaime Garcia Siqueira Junior também fez uma intervenção, representando o Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e defendendo uma proposta cadastrada na plataforma Brasil Participativo pela organização.
A professora Liriane Gonçalves destacou o papel da educação no enfrentamento das mudanças climáticas. “Como professora universitária, minha fala vai além da ciência; é prioritariamente sobre a educação, pois sabemos que é o principal pilar para mudar qualquer situação. A integração do conhecimento científico com o conhecimento das comunidades tradicionais, povos indígenas e quilombolas é fundamental, especialmente no Cerrado. O ponto inicial é investir em conhecimento e infraestrutura de pesquisa, educação e políticas públicas. Esse é o tripé necessário se quisermos efetivamente enfrentar as mudanças climáticas e promover a mitigação no Cerrado” disse Liriane.
O evento contou ainda com a presença dos ministros de Estado, Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Márcio Costa Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República; do governador do Maranhão, Carlos Brandão; e de secretários e dirigentes estaduais. A presença dessas autoridades destacou a importância da participação da academia e das organizações civis no processo de elaboração do Plano Clima. A inclusão ativa da UEMASUL e de seus representantes demonstra o engajamento da universidade no debate sobre as mudanças climáticas e nas políticas públicas ambientais do Brasil.