Projeto de extensão sobre paleontologia é desenvolvido em escolas municipais
O primeiro ciclo do projeto foi realizado nas escolas municipais de 9º ano do ensino Fundamental, em diversos municípios
O projeto de extensão “Paleontologia maranhense em sala de aula”, foi aprovado pelo Programa Institucional de Bolsa de Extensão (PIBEXT), desenvolvido pelo curso de Ciências Biológicas, do Centro de Ciências Exatas, Naturais e Tecnológicas (CCENT), sob a orientação da professora Niara Moura Porto e com a participação de seis estudantes; entre bolsista e voluntários.
O primeiro ciclo do projeto, desenvolvido ao longo de 2023, foi realizado nas escolas municipais de 9º ano do ensino Fundamental em diversos municípios: Santos Dumont, Castro Alves II e Pedro Abreu (Imperatriz), Novo progresso (Montes Altos), Jurgleide Alves Sampaio (Açailândia), José Abdalla (Governador Edison Lobão), Centro Integrado de Educação de Davinópolis (Davinópolis), Unidade integrada Francisco Pereira Primo (Porto Franco) e Unidade Integrada Joana Menezes (João Lisboa).
A professora Niara sentiu a necessidade da execução do projeto, ao constatar que a paleontologia não estaria sendo trabalhada adequadamente nas escolas. “Na região Tocantina, pouca ou nenhuma atividade extensionista sobre a palenteologia é realizada para os alunos do ensino básico. Não há laboratórios específicos e quase nenhuma amostra de fósseis expostos na região, para que os alunos conheçam e associem com os conhecimentos de ciências. Dessa forma, os alunos ficam negligenciados sobre a paleobiodiversidade do Maranhão, do Brasil e até do mundo. Por isso, esta atividade extensionista é importante, para levar aos alunos uma primeira conexão com a paleontologia”.
A Paleontologia é uma especialidade da Biologia e da Geologia que estuda a vida do passado da terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, que fica preservado principalmente nas rochas, formando os fósseis. O objetivo do projeto foi de apresentar a paleontologia, com atividades lúdicas, oficinas, uso de banners e diversos materiais didáticos. Os alunos foram estimulados a desenvolver pensamentos crítico-sociais a respeito do patrimônio fossilífero, e a valorizarem a ciência e seus métodos científicos. Em 2021, no município de Davinópolis, localizado a cerca de 14km de Imperatriz, foi descoberto o fóssil de um provável Saurópodes do Cretáceo (cerca de 110 m.a.). Foi o primeiro registro na região, que provocou grande interesse da população pelo assunto, incentivando a proposta do projeto.
Seis acadêmicos participaram do primeiro ciclo do projeto, a bolsista Ísis da Rocha Sousa e os voluntários Gabriela Nascimento Moura e Maria Eduarda Cavalcante Gomes, Ana Júlia Nascimento Santos, Karine Batista Almeida e Willian Felipe Mororó Santos. O material utilizado no projeto faz parte de uma coleção própria do curso, a Coleção didática-pedagógica de Paleontologia professor Antônio Augusto Brandão Frazão (CPAF). O projeto foi premiado em 2º lugar VI SAPIENS.
A bolsista Isis da Rocha Sousa afirmou que as atividades de extensão são valiosas para os alunos de graduação. “É a oportunidade de conectar pessoas que comumente não têm contato com muitas ciências, com o que é feito na universidade. E isso demonstra uma grande valorização do nosso trabalho, do incentivo a progredir e de continuar nas próximas jornadas acadêmicas. Este projeto representa o valor do nosso patrimônio natural, do respeito aos cidadãos e da minha esperança de prosseguir com a Paleontologia em um mestrado, mantendo a divulgação científica como essencial na minha futura carreira como paleontóloga”.
O segundo ciclo do projeto já iniciou e será desenvolvido nas turmas de 3º ano do ensino Médio. Escolas que queiram participar devem fazer contato pelo e-mail paleontomaemsala@
Texto: Mari Marconccine
Fotos: Equipe do projeto.
Assessoria de Comunicação/UEMASUL
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