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hora de brincar

Projeto de extensão realiza atividades lúdicas para crianças internadas

As atividades lúdicas são comprovadamente eficazes no processo de recuperação das crianças, e o brincar funciona como estratégia de enfrentamento das enfermidades.


Ascom UEMASUL

Brincar é uma atividade essencial para o desenvolvimento físico e emocional das crianças de qualquer idade. Foto: (arquivo) Ascom/UEMASUL. 

Brincar….de colorir, de recortar, de correr, de subir em árvores, de pular, de encaixar bloquinhos. Dar asas à imaginação. Brincando, as crianças desenvolvem habilidades, riem, esquecem do tempo e da hora. Brincar é um direito constituído e assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990). O brincar é atividade essencial para o desenvolvimento físico e emocional das crianças de qualquer idade.

Quando internadas em hospitais para tratamentos de saúde, sejam em períodos curtos ou mais longos, as crianças tendem a passar por momentos de estresse, já que ficam privadas do que mais gostam de fazer, brincar. Em pesquisa realizada em um hospital oncológico no estado do Espírito Santo, diante da pergunta: “o que você gostaria de fazer no hospital?”, o brincar foi citado pela maioria das crianças (78,6%).

As atividades lúdicas são comprovadamente eficazes no processo de recuperação das crianças, e o brincar funciona como estratégia de enfrentamento das enfermidades. As crianças enfermas passam a alimentar-se melhor, a dormirem melhor, a ficarem mais bem humoradas e a aceitarem mais calmamente o tratamento. A implantação de brinquedotecas dentro de hospitais torna-se extremamente importante, já que as brincadeiras colaboram para a evolução e transformação das crianças e adolescentes, proporcionando interação e estimulando a autonomia, em um ambiente mais acolhedor, alegre e lúdico.

As crianças enfermas passam a alimentar-se melhor, a dormirem melhor, a ficarem mais bem humoradas e a aceitarem mais calmamente o tratamento. Foto: Equipe do projeto.

O projeto de extensão “Brinquedoteca hospitalar: uma realidade do Hospital Municipal de Açailândia – MA” está sendo desenvolvido pelo Centro de Ciências Humanas, Sociais, Tecnológicas e Letras, campus Açailândia, da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), com apoio da Prefeitura Municipal. Sob orientação do professor Bruno Lucio Meneses Nascimento, participam do projeto duas acadêmicas do curso de Pedagogia e uma acadêmica do curso de Letras/Língua Portuguesa, as bolsistas Érica Carvalho Conceição e Nanda Raniérica Alves dos Santos Pinheiro; e a acadêmica voluntária, Fabiana Cardoso Palmeira.

“A ideia de criação do projeto da Brinquedoteca do Hospital Municipal de Açailândia, surgiu por meio de uma iniciativa da equipe pedagógica do hospital, movidos pelo desejo de possibilitar que as crianças/adolescentes continuem a se desenvolver por meio das brincadeiras, auxiliando na recuperação, quando hospitalizados”, explicou o professor coordenador do projeto Bruno Lucio Meneses Nascimento.

O objetivo principal do projeto é verificar a contribuição das atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca para a recuperação de crianças hospitalizadas. Os objetivos específicos são: criar atividades lúdicas para a brinquedoteca; resgatar o contexto histórico do surgimento da brinquedoteca e caracterizar o profissional que atua no espaço.

A acadêmica bolsista do 6º período de Pedagogia, Érica Carvalho Conceição fala sobre a importância das atividades para sua vida acadêmica. “A ações da brinquedoteca hospitalar estão sendo uma importante conquista para mim. Com a participação neste projeto pude conhecer um pouco mais sobre a pedagogia hospitalar, sobre a necessidade da humanização nos hospitais.  Está sendo uma experiência incrível e muito enriquecedora”.

As atividades lúdicas são comprovadamente eficazes no processo de recuperação das crianças, e o brincar funciona como estratégia de enfrentamento das enfermidades. Foto: Equipe do projeto.

Fabiana Cardoso Palmeira é acadêmica voluntária do projeto e faz o 3º período de Pedagogia. Ela reforça que as atividades desenvolvidas auxiliam na recuperação das crianças. “O nosso projeto é de grande importância, por oferecer benefícios para as crianças internadas. Isso auxilia na recuperação e no bem-estar, contribuindo para uma vivência mais tranquila. As crianças têm um carinho muito grande por nossas atividades lúdicas e brincadeiras que são produzidas com materiais recicláveis. O projeto mostra que podemos aprender de forma divertida, e as atividades ajudam a passar o tempo, contribuindo para uma melhor recuperação”.

As ações práticas do projeto iniciaram em fevereiro de 2022 e finalizarão em janeiro de 2023, com possibilidades de ser renovado. As atividades são desenvolvidas às segundas, quartas e sextas-feiras, na ala infantil do hospital municipal. As crianças realizam pinturas, são estimuladas a ler, ouvem estórias, fazem oficinas de reciclagem de materiais para criação de brinquedos, são orientadas sobre higienização de brinquedos, dentre outras atividades.

Com a execução do projeto, espera-se ultrapassar barreiras por meio do conhecimento prático executado pelos discentes e docentes envolvidos com as atividades; incentivar a formulação e implementação de atividades lúdicas no ambiente hospitalar;  estimular a operação da brinquedoteca no Hospital Municipal de Açailândia;  estimular a produção de diversos trabalhos científicos e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Pedagogia; contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do curso de Pedagogia de Açailândia, evidenciando as práticas extensionistas.

Extensão

O desenvolvimento de políticas de extensão universitária é um instrumento indispensável ao funcionamento e dinamismo das instituições de ensino superior. Por meio dos projetos de extensão se disseminam conhecimentos científicos, artístico-culturais e tecnológicos, promovendo a aproximação e a troca entre universidade e comunidades locais e regionais. Além disso, as ações extensionistas promovem a formação técnica/profissional dos alunos e contribuem para o desenvolvimento da Região Tocantina do Maranhão. 

 


Texto: Mari Marconccine
Fotos: Ascom/UEMASUL – Equipe do projeto.
Assessoria de Comunicação UEMASUL


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