Projeto de extensão promove ações em arqueologia para meninas
O projeto tem o objetivo de estabelecer diálogos e práticas interdisciplinares entre a arqueologia e outras áreas de conhecimento.

Dentro do eixo temático “Cultura”, as ações de extensão desenvolvidas contemplam os ODS 4 e 5. Foto: equipe do projeto.
O Centro de Pesquisa em Arqueologia e História Timbira (CPAHT) está desenvolvendo o projeto de extensão “As arqueológicas: explorando o passado e transformando o futuro de meninas na arqueologia”, alcançando nesse primeiro ciclo, 24 alunas de uma escola pública municipal do ensino fundamental maior. O projeto foi aprovado pelo Programa Institucional de Bolsa de Extensão (PIBEXT), em parceria com o curso de Geografia que disponibiliza o laboratório de Geografia Humana “Jailson de Macedo Sousa”.
Coordenados pela arqueóloga Danielly Morais Marques e professora Liriane Gonçalves Barbosa, participam os bolsistas Guilherme Silva, Maria Cecí da Costa, Helen Cristiny Lima e Tiago Andrade. O objetivo do projeto é promover a inclusão de meninas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, a partir da Arqueologia e por meio de oficinas de reconstituição gráfica e modelagem 3D de bordas cerâmicas pertencentes ao patrimônio cultural dos povos indígenas da região. O projeto é fundamental para uma apropriação adequada da comunidade sobre os bens patrimoniais que fazem parte de sua herança cultural.
“O projeto surgiu correlacionado com atividades de ciclos anteriores do projeto de extensão “Imperatriz arqueológica”, com o principal objetivo de desenvolvimento cultural de crianças, adolescentes e professores de escolas públicas a partir de práticas interdisciplinares, sob a perspectiva de uma educação patrimonial em arqueologia. Nessa nova etapa, buscamos incentivar a participação de meninas e mulheres, oferecendo uma experiência única de aprendizado sobre patrimônio arqueológico regional. É um projeto que, alinhado às ODS 04, 05 irá impactar a vida dessas participantes de maneira positiva”, explicou a chefe de Divisão de arqueologia do museu CPAHT, Ana Karolyne Santos Araújo.

O projeto é fundamental para uma apropriação adequada da comunidade sobre os bens patrimoniais que fazem parte de sua herança cultural. Foto: equipe do projeto.
Dentro do eixo temático “Cultura”, as ações de extensão desenvolvidas contemplam o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – ODS 4, “assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”, e o ODS 5, “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”. O projeto amplia o debate sobre a história indígena regional e o caráter interdisciplinar da arqueologia, destacando o papel e a importância das mulheres na construção do conhecimento arqueológico como forma de inspirar e estimular meninas a ingressarem na carreira de cientista, na arqueologia e áreas afins.
A acadêmica do curso de História, Maria Cecí da Costa Barbosa é voluntária e falou sobre a importância das atividades. “Participar do projeto tem sido fundamental para minha formação acadêmica e trajetória como pesquisadora. A iniciativa fortalece meu compromisso com a arqueologia e evidencia a importância da presença feminina na ciência. Estar inserida em um espaço que valoriza e incentiva a participação de meninas e mulheres na pesquisa é inspirador e reafirma o nosso papel na construção do conhecimento e de uma ciência mais plural e transformadora. Ocupar espaços na pesquisa científica é, também, um ato de resistência, afirmação e de construção de um futuro mais diverso e inclusivo”.
Os objetivos específicos são estabelecer diálogos e práticas interdisciplinares entre a arqueologia e outras áreas de conhecimento, desenvolver oficinas práticas de arqueologia que utilizem metodologias ativas, elaborar materiais didáticos a partir da reconstituição e impressão de réplicas de peças arqueológicas de Imperatriz, produzir revista científica de meninas e mulheres na arqueologia destacando as atividades desenvolvidas ao longo do projeto. Os resultados do projeto serão apresentados durante a Semana Acadêmica de Pesquisa, Inovação e Extensão (SAPIENS) e publicados por meio de artigo científico em revista qualificada.
Texto: Mari Marconccine
Fotos: equipe do projeto.
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