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meio ambiente

Projeto de extensão estuda técnicas para manejo sustentável no cultivo da alface

Um dos objetivos do projeto são a transferência de tecnologia, a difusão da técnica da solarização e a habilitação dos agricultores para o manejo sustentável.


Ascom UEMASUL

 

À esquerda, a técnica de solarização. À direita, a diferença do cultivo na área sem a utilização da técnica (com alfaces pequenas) e outra parte utilizando a solarização. Foto: equipe do projeto.

A alface (Lactuca sativa L.) é uma hortaliça de grande consumo e cultivo em todo o país, e na região Tocantina é cultivada, em grande parte, por agricultores familiares com baixo nível tecnológico e recursos financeiros. Durante seu cultivo, essa hortaliça está sujeita a doenças e pragas que reduzem a produção e/ou a qualidade das plantas.  Um dos patógenos que provocam essas doenças são os fitonematoides, organismos vermiformes e microscópicos que habitam o solo e retiram das células dos vegetais, os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento e reprodução, causando danos severos nas plantas hospedeiras.

Com o intuito de reduzir os danos provocados por fitonematoides na cultura da alface e minimizar o uso de defensivos químicos, é essencial utilizar diversas medidas de manejo sustentável, como por exemplo, a  técnica de solarização do solo, baseada nos raios solares.  Diante dessas circunstâncias foi elaborado e executado por alunos do curso de Engenharia Agronômica do Centro de Ciências Agrárias, campus Imperatriz, sob a orientação do diretor do curso e coordenador do Grupo de Pesquisa em Fitopatologia do CCA, professor Leônidas Leoni Belan, o Projeto de extensão: “Difusão da técnica de solarização do solo para o manejo sustentável de fitonematoides na cultura da alface”.

Os objetivos do projeto são transferir a tecnologia para o manejo sustentável de doenças de plantas, difundir a técnica da solarização e habilitar os agricultores para o manejo sustentável de fitonematoides na cultura da alface, estimar o tempo ideal da solarização do solo nas condições climáticas da região e proporcionar aos alunos a troca de saberes com os agricultores da região, com o apoio da empresa CCR aeroportos e da comunidade agrícola.

“Considerando a tradição de cultivo de alface na região Tocantina do Maranhão, a presença do patógeno nessas áreas de cultivo e as condições climáticas favoráveis à prática da solarização, o desenvolvimento do projeto se justifica pela necessidade de capacitar os agricultores de hortaliças com a difusão de técnicas de manejo sustentáveis e alternativas aos defensivos químicos para o manejo de fitonematoides. Essa técnica já é utilizada em outras regiões do Brasil e outros países, com recomendação de solarização do solo por 40 a 60 dias. Porém, com base nos resultados preliminares desse projeto é possível afirmar que na região Tocantina esse prazo pode ser reduzido para até 30 dias, com a mesma eficiência”, explicou o professor Leônidas.

Bolsista do projeto e famílias de agricultores fazem a colheita da produção de alfaces. Foto: equipe do projeto.

 

O experimento foi realizado na região do Cinturão verde, em Imperatriz, em uma área de cultivo de alface disponibilizada voluntariamente por um produtor. O canteiro é utilizado continuamente para o cultivo de hortaliças há vários anos consecutivos, e há presença de fitonematoides no solo.

Ainda de acordo com professor, outro fato relevante que justifica o desenvolvimento do projeto é a possiblidade de interação entre estudantes, professores e pesquisadores do CCA/UEMASUL com os agricultores da região. “Assim, em um primeiro momento será possível aos estudantes a fixação do conhecimento teórico adquirido em sala de aula. Paralelamente, o bolsista desse projeto e demais discentes estarão praticando a difusão de conhecimento técnico por meio de dias de campo para demonstração da técnica de solarização, apresentação dos resultados à comunidade agrícola e divulgação dos resultados em meios de comunicação”.

O acadêmico Acássio Luis Sousa Soares, é bolsista do projeto, que faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEXT). Ele falou sobre a importância da troca de experiências com a comunidade e a difusão de tecnologia para além da sala de aula. “Participar desse projeto é muito importante tanto para a carreira acadêmica, quanto para a profissional. Tivemos muita interação com os produtores, levando a teoria para a prática no campo. Recebemos uma área infestada por fitonematoides no solo e conseguimos com nosso experimento reduzir essa população de fitonematoides e aumentar a produção da alface com baixo custo. Já estamos pensando em fazer novos projetos na área”.

A primeira etapa do projeto realizada no campo foi finalizada. Agora estão sendo analisados dados em laboratório e os resultados serão apresentados pelos acadêmicos aos produtores, durante um dia de campo, previsto para o mês de outubro, junto com  relatório final do PIBEXT.

Acássio Luis Sousa Soares, bolsista do projeto, pesa e avalia o experimento. A próxima etapa é analisar os dados em laboratório. Foto: equipe do projeto.

 


Texto: Mari Marconccine
Fotos: Equipe do projeto.
Assessoria de Comunicação/UEMASUL


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