Ao todo, foram feitos cerca de 200 atendimentos de saúde entre clínica médica, pneumologia e ortopedia. Foto: Ascom/UEMASUL.

Professores, acadêmicos do 9º período do curso de Medicina e a reitora da UEMASUL participaram, na última quinta-feira, 05 de dezembro, da ação “Juntos pela vida: saúde, trabalho e economia solidária para os povos indígenas”, idealizada pela Secretaria Estadual do Trabalho e Economia Solidária (SETRES), e a Escola de Saúde Pública Do Maranhão (ESPMA).

A turma de 40 alunos realizou atendimentos durante todo o dia, com orientação e supervisão dos professores Alexandre Martins Xavier e André Luiz Pagotto Vieira. Também esteve presente a professora e diretora do Centro de Ciências da Saúde, Raquel Vilanova Araújo.

Para o diretor do curso, professor André Pagotto, os atendimentos enriquecem a formação dos acadêmicos. “Dentro do nosso projeto pedagógico existe a matriz que contempla o atendimento aos povos indígenas, então a gente está começando a fazer esses atendimentos. Hoje é um alinhamento de atendimento aos povos indígenas e a gente espera voltar aqui várias vezes para fazer essa ação e poder ajudar essa população que tanto precisa de atendimento médico”, disse.

As consultas aconteceram na aldeia Juçaral, dentro da terra indígena Araribóia, localizada no município de Amarante – MA. Ao todo, foram feitos cerca de 200 atendimentos de saúde entre clínica médica, pneumologia e ortopedia. 

“Essa experiência está sendo bastante engrandecedora, justamente porque a gente sai da bolha que vive. A partir do momento que a gente consegue ver como a medicina é exercida na ponta, conseguimos entender o que a gente pode ofertar e buscar para favorecer essas comunidades do ponto de vista médico e social”, relatou o acadêmico Marco Aurélio Araújo. 

Além das consultas foram realizados exames radiográficos, por meio de equipamento adquirido pela universidade em 2022 para o Centro de Ciências Agrárias, que foi transportado para o local afim de ofertar diagnósticos e encaminhamentos aos indígenas, que enfrentam dificuldade de acesso a serviços de saúde, sobretudo nas especialidades médicas.

A terra indígena Arariboia é a segunda maior do estado, ocupa 413.000 hectares e o território está localizado na Amazônia Legal, se estendendo pelos municípios de Amarante do Maranhão, Arame, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Grajaú e Santa Luzia. O município de Amarante corresponde a 83,35% da terra indígena Araribóia, com 344.494,46 ha.

Awa Guajá, Awá isolados e Guajajara são os povos que vivem na TI Araribóia. A população, segundo o IBGE (2022) é de 10.318 indígenas, vivendo no espaço, que foi demarcado desde 1990, por meio do Decreto 98.852-23/01/1990.

Texto: Lorena Guimarães
Fotos: Ascom/UEMASUL.
Assessoria de Comunicação/UEMASUL

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