O programa contempla pessoas com 60 anos ou mais e tem o objetivo principal de priorizar as potencialidades do idoso por múltiplas ações. Foto: Ascom/UEMASUL.

Os novos acadêmicos e acadêmicas da Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) iniciaram as atividades nesta segunda-feira, 01 de abril. A palestra de abertura “Os direitos da pessoa idosa”, foi proferida pela advogada Cristiane Moura Brito, com a presença da reitora Luciléa Ferreira Lopes Gonçalves.

Criado em 2018, a UATI é um programa de extensão vinculado à Pró-reitoria de Extensão e Assistência Estudantil (PROEXAE). Selecionados por meio de edital, os estudantes participaram do primeiro dia com muita animação. Estão inscritos 61 idosos que terão aulas três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, até o mês de novembro.

A acadêmica Maria Raimunda de Souza Arraz tem 82 anos, dois filhos, três netos e três bisnetas. Ela contou o que a motivou a participar do programa. “Eu sou do tempo antigo. A maior parte dos jovens acha que não sabemos de nada e a gente vai se sentindo meio de escanteio. Eu gosto de estar no meio de gente, moro só; quero participar e conviver com pessoas da minha idade e de outras idades para aprender. Convivendo, a gente aprende a respeitar, a se amar e a amar e respeitar o outro”.

Estar no espaço da universidade foi uma grande emoção para a acadêmica Iraci Sousa Luz Percio, 69 anos, um filho e dois netos. “Fiz Letras, licenciatura curta na época de UEMA, e hoje, depois de mais de 30 anos é uma grande emoção estar aqui de novo. A gente às vezes fica à margem devido a idade. Quero me sentir mais útil para a sociedade. Estou me sentindo aluna outra vez. Acredito que terei um aproveitamento muito bom junto com meus colegas também”.

Alegria e emoção marcaram a palestra de abertura da nova turma do programa de extensão da Universidade Aberta à Terceira Idade. Fotos: Ascom/UEMASUL.

O programa contempla pessoas com 60 anos ou mais e tem o objetivo principal de priorizar as potencialidades do idoso por múltiplas ações, garantindo uma melhoria da qualidade de vida, por meio do acesso aos recursos educacionais e socioculturais existentes na UEMASUL, estimulando o exercício intelectual e reflexivo com diferentes atividades artísticas, corporais, criativas, expressivas e produtivas.

“Não podemos pensar na Universidade Aberta à Terceira Idade como um favor aos nosso idosos. Na verdade, eles têm o direito à educação, a estarem em uma universidade e nós temos o dever de fazer com que esse direito seja exercido de fato. Este é o nosso papel como universidade; democratizar o espaço de produção de conhecimentos e abri-lo para todos, independentemente de idade, sexo, raça, gênero. Nossos professores irão ensinar, mas, também iremos aprender com eles, porque são pessoas que têm uma bagagem de vida e de conhecimentos muito grande. Com certeza, ao final deste programa, todos nós, professores, alunos bolsistas e voluntários no programa seremos pessoas melhores e a nossa universidade será melhor e mais humana”, afirmou o pró-reitor, professor José Milton Lopes Pinheiro

As políticas de extensão realizadas na UEMASUL fazem parte de um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre a universidade e outros setores da comunidade, proporcionando uma troca de saberes.

Segundo dados do Boletim Social do Maranhão ‘O perfil da pessoa idosa’, publicado em 2023, a população de idosos aumentou nos últimos anos, passando de 9,3% em 2012 para 12,0% em 2022. São 856,5 mil idosos e o 12º estado com maior população de idosos no país.  No boletim são encontrados o perfil dos idosos na educação, saúde, mercado de trabalho, e vulnerabilidades sociais e várias outras informações. A publicação completa está disponível no site www.imesc.ma.gov.br.

Texto: Mari Marconccine
Fotos: Ascom/UEMASUL.
Assessoria de Comunicação/UEMASUL

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