Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas promove 6ª Semana do Cinema Africano
A programação visa aprofundar o conhecimento sobre as Áfricas por meio da produção cinematográfica.
O Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas (NEAI), da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) realiza, de 26 a 30 de novembro, a 6ª Semana do Cinema Africano, um evento em homenagem ao mês da consciência negra.
A programação visa aprofundar o conhecimento sobre as Áfricas por meio da produção cinematográfica, visando apresentar sua plasticidade como motriz na formação de novas identidades para a sociedade imperatrizense. O reconhecimento da herança histórico-cultural africana que está no nosso cotidiano.
O Cinema Africano surgiu como uma perspectiva de resgate das identidades culturais e lutas emancipatórias do povo negro. Criar espaços de discussões étnicas e culturais dentro da universidade é valorizar a sua pluralidade. A Semana do Cinema Africano é uma das ações da universidade que busca engajar estudantes e comunidade na linguagem cinematográfica. A programação possui uma seleção de filmes e documentários, contemplando gêneros como ficção científica e drama.
“As temáticas escolhidas pelo cinema vem ao encontro do que a gente pensa na universidade, nas áreas do ensino, da pesquisa e extensão. E o cinema produzido na África vem ao encontro dessa perspectiva acadêmica, do ensino da história da África, da pesquisa sobre África e de como mostrar a África para a sociedade de uma forma real, fora da veiculação ideológica dos meios de comunicação de massa,” explica a professora Maristane Rosa Sauimbo, coordenadora do NEAI e organizadora da semana.
A partir de pesquisas e estudos africanos e indígenas, o NEAI promove discussões que colocam em evidência assuntos e conhecimentos sobre essas áreas, buscando preservar seu patrimônio material e imaterial. Discutir e problematizar o processo de construção da identidade do povo africano por meio do cinema é mostrar a pluralidade cultural, tradições, estruturas sociais do Continente Africano por meio da linguagem cinematográfica.
Confira seis filmes que enaltecem o olhar cinematográfico de africanos em África:
1 – Pumzy
2009/Quênia, África do Sul/Direção: Wanuri Kahiu
“Uma mulher se torna curiosa sobre o mundo exterior depois de uma catástrofe global neste breve drama de ficção científica da escritora e diretora Wanuri Kahiu. Trinta e cinco anos após o fim da Primeira Guerra Mundial – num conflito por água – Asha (Kudzani Moswela) é uma mulher que vive em uma pequena comunidade fechada de sobreviventes na África.”
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2 – Phatyma
2010/Moçambique/Direção: Luiz Chaves
“Phatyma, é uma menina que vive no sul de Moçambique e traz suas reflexões acerca da vontade de conseguir unir harmonicamente suas tradições com a necessidade de modernizar-se”.
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3 – Na Dobra da Capulana
2014/Moçambique/Direção: Camilo de Sousa e Isabel Noronha
“Este documentário é uma viagem ao ‘reino’ encantado da capulana. Uma viagem do presente para o passado, que nos revelará um universo tipicamente feminino através de situações e narrativas de um grupo de mulheres que, tal como todas as mulheres moçambicanas, usam a capulana para diversos fins e lhe atribuem diversas significações”.
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4 – Le Griot du Metal
2015/Senegal, Togo, França/Direção: D’Ata Messan Koffi (Togo)
“Meissa Fall é um homem com um destino ligado ao metal, um verdadeiro gênio criativo mecânico, que transforma bicicletas em objetos de arte carregados de significados e símbolos. Numa relação psicoespiritual com o metal, Meissa conduz-nos através dele a uma experiência de imagem e som, numa viagem ao imaginário das máscaras”.
Disponível em: VIMEO
5 – Afrique sur Seine
1955/França, Senegal/Direção: Mamadou Sarr e Paulin Vieyra.
“Este filme é amplamente considerado como o primeiro filme feito por um sul africano do Saara. Rotulado como um ‘documentário etnológico ao contrário’, mostra a Paris dos anos 1950 da perspectiva cinematográfica de um grupo de imigrantes africanos”.
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6 – Mionga ki Ôbo
2009/São Tomé/Direção: Angelo Torres
“Os ‘angolares’ são os mais antigos habitantes da ilha de São Tomé, onde, segundo a lenda, chegaram depois de um naufrágio. Outrora senhores da ilha, forma despojados pela força no fim do séc. XIX e estão agora reduzidos a uma pequena comunidade piscatória. Entre os mitos e os mistérios desta ilha de beleza luxuriante, este filme revela-nos a história e os costumes destas gentes para quem a pesca e o mar são um símbolo de afirmação”.
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