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geografia agrária

Mesa-redonda irá discutir o espaço agrário brasileiro na região do Matopiba

A região do Matopiba está se consolidando como uma região produtiva do agronegócio, com expressivos investimentos para a agricultura científica globalizada voltada para a produção de grãos, em especial, a soja.


Ascom UEMASUL

Área plantada com soja na região do Matopiba. Foto: IBGE

Acadêmicos, acadêmicas, professores e professoras dos cursos de Geografia e de História da UEMASUL promovem a mesa-redonda “Espaço agrário brasileiro, processos de reorganização territorial camponesa e expansão da fronteira agrícola na região do Matopiba”. O debate ocorrerá nesta sexta-feira (25), às 18h, no auditório da UEMASUL.

A proposta pretende provocar reflexões sobre os processos territoriais vivenciados pelos povos do cerrado e das florestas, especialmente, naquelas situadas nas áreas de expansão da denominada região do Matopiba (acrônimo criado com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O objetivo é o de aprofundar as discussões sobre a consolidação de um pensamento social crítico acerca do espaço agrário brasileiro, a partir das experiências de ensino-pesquisa-extensão no âmbito da Universidade e de entidades parceiras que estudam e vivenciam o campo.

A região do Matopiba está se consolidando como uma região produtiva do agronegócio, com expressivos investimentos para a agricultura científica globalizada voltada para a produção de grãos, em especial, a soja. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, na região, havia cerca de 324 mil estabelecimentos agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 terras indígenas e 781 assentamentos de reforma agrária e áreas quilombolas, num total estimado em 14 milhões de hectares de áreas legalmente atribuídas, além de áreas de conservação ainda em processo de regularização. 

A diretora do curso de História, professora Regina Célia Costa Lima falou sobre a importância do debate.  “O evento irá tratar da questão agrária da nossa região. Vivemos em uma área de conflitos historicamente construídos, e teremos aqui uma presença muito importante, de um pesquisador brasileiro da Unicamp, que pesquisa os conflitos agrários relacionados ao campo, na região Matopiba, que é uma área que tem gerado uma demanda de estudos muito importantes no Brasil. Esse debate é importante porque irá estabelecer um vínculo da academia com a comunidade onde essas lutas acontecem”, pontuou.

Durante o evento será lançado o livro: “Geografia das resistências: Encontro e batalhas camponesas no Bico do Papagaio e Cerrados Sul Maranhenses”, escrito pela professora Mariana Leal Conceição Nóbrega. Mariana é pesquisadora e fez sua tese de doutorado com base na luta campesina estabelecida na região há muitas décadas. “Debater sobre a questão agrária no Brasil é cada vez mais atual e importante, pois permite não só refletir sobre o processo de formação territorial do país, como contribui também para o entendimento sobre as questões das populações camponesas e os conflitos que enfrentam na defesa de seus territórios e riquezas naturais, além da batalha permanente na luta pela terra”, explicou Mariana.

A outra proposta do evento é a de potencializar a consolidação de uma rede de trocas de saberes e experiências entre professores, pesquisadores, grupos de pesquisa, militantes, organizações e movimentos sociais afins com a Geografia Agrária na região Tocantina do Maranhão.

Com mediação do professor Francisco Lima Mota, a mesa-redonda trará três temas: Expansão do agronegócio e os impactos socioambientais na região de Cerrados do Centro-Norte do Brasil (Matopiba), com o expositor Vicente Eudes Lemos Alves; a Questão agrária no campo maranhense: uso, posse e propriedade da terra expositora, com a expositora Gilvânia Ferreira; e Geografia das Resistências: batalhas camponesas do Bico do Papagaio e Cerrados Sul Maranhenses, com a expositora Mariana Leal Conceição Nóbrega.

 


Texto: Mari Marconccine
Fotos: IBGE
Assessoria de Comunicação UEMASUL


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