Encontro de formação docente discute a inclusão na universidade
Durante dois dias, por meio de palestra, oficinas e a realização de mesa-redonda foram promovidas reflexões e discussões.

A reitora Luciléa Gonçalves abriu o evento falando sobre a inclusão na comunidade acadêmica. Foto: Ascom/UEMASUL.
Professores dos campi Açailândia, Estreito e Imperatriz participaram do evento, realizado nos dias 19 e 20, com o tema: ‘Nossos campi, nossas diferenças: a equidade e a inclusão na UEMASUL”. A palestra de abertura foi realizada pelo professor da Universidade Federal do Norte do Tocantins, Diêgo Araújo Silva, com o tema: “Desconstruindo barreiras na prática educativa: a importância da equidade e da inclusão da pessoa com deficiência”. O evento, organizado pela Pró-Reitoria de Gestão e Sustentabilidade Acadêmica (PROGESA), contou com a presença da Gestão Superior.
Em sua saudação, ao abrir o encontro, a reitora Lucileá Gonçalves falou sobre a importância do tema: “Precisamos pensar na educação para pessoas com deficiência como um direito. É um direito de todos o acesso à educação superior, garantido pela legislação. Precisamos nos preparar e trabalhar para chegarmos a uma educação inclusiva, na qual os estudantes com deficiência, possam concluir seus cursos”.
O encontro de formação docente, realizado antes do início do semestre é o momento de acolhimento dos professores e professoras. O encontro deste ano proporcionou a reflexão e a discussão sobre a equidade e a inclusão nas salas de aula, durante dois dias, por meio de palestra, oficinas e a realização da mesa-redonda “A universidade como espaço de inclusão e equidade para pessoas com deficiência”.
Para o professor Clemilton Alves da Silva, do curso de Engenharia Agronômica, campus Estreito, a discussão sobre a inclusão é muito importante.” Nós, professores, trabalhamos com uma diversidade de pessoas e alunos. É importante entendermos essas diferenças e sabermos também a necessidade e as formas de trabalhar a inclusão. Não só no sentido de incluir do ponto de vista físico, mas também do acolhimento, de todas as estruturas e estratégias pedagógicas para que o aluno tenha um bom rendimento e um excelente desempenho acadêmico”.

Professores dos campi Açailândia, Estreito e Imperatriz participaram da palestra sobre a importância da equidade e da inclusão da pessoa com deficiência. Foto: Ascom/UEMASUL.
A população com deficiência no Brasil foi estimada em 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais, o que corresponde a 8,9% da população, segundo dados do módulo Pessoas com deficiência, (PNAD Contínua 2022) e Censo Demográfico 2010 do IBGE e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013 e 2019. Os dados informam que a maior parte das pessoas com 25 anos ou mais não completaram a educação básica: 63,3% não tem instrução ou possuem o fundamental incompleto e 11,1% possui o fundamental completo ou médio incompleto. E 7,0% possuem ensino superior.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Em 2023, houve um aumento do número de alunos com deficiência matriculados no ensino superior, um crescimento de 17% em relação aos dados de 2022. Ainda assim, a presença de alunos com deficiência é de 0,93% do número total de matrículas, que em 2023 foi de quase 10 milhões de alunos; 92.756 matriculados no ensino superior, nas modalidade presencial e à distância, sendo 46.006 em cursos presenciais. Destes, 12.651 alunos conseguiram concluir seus cursos.