Curso de extensão ensina a confeccionar materiais táteis e audiodescritivos
Durante os 19 encontros serão abordados vários temas relacionados à acessibilidade dos alunos com deficiência visual e de baixa visão.
O Núcleo de Saúde e Acessibilidade Educacional (NACE), da UEMASUL, iniciou nesta segunda-feira, 31, o curso de extensão “Confecção e audiodescrição de materiais táteis para alunos com deficiência visual”. As atividades serão desenvolvidas em 19 encontros que serão realizados duas vezes por semana.
Os objetivos do curso são promover a formação continuada dos professores e profissionais da Educação Especial e Inclusiva, na confecção de materiais táteis e audiodescritivos, compreender a fundamentação do processo de elaboração de materiais assistivos, audiodescritivos e táteis, desenvolver as habilidades necessárias para produção de materiais acessíveis e instigar a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos.
A professora Joeline Soares falou sobre a necessidade da confecção de materiais que promovam a inclusão. “O curso de confecção de materiais táteis para alunos com deficiência visual, foi pensado, elaborado e começou a ser executado, pensando nos anseios e inquietações de professores, ledores, comunidade geral e comunidade acadêmica. É um curso pensado para o desenvolvimento da sensibilidade humana”.
Durante os dois meses de realização do curso serão abordados vários temas relacionados à acessibilidade dos alunos com deficiência visual e de baixa visão e orientações para construção de materiais táteis, imagens em relevo, e técnicas de audiodescrição, a importância dos materiais táteis na aprendizagem da disciplina de Biologia/Ciências, Química e Física para alunos com deficiência visual, entre outros.
A professora Valdelia Lacerda, uma das participantes do curso, é ledora e transcritora. Ela reforçou a importância das atividades. “Estávamos esperando esse curso, que contempla cuidadoras, ledoras, transcritoras. É um curso maravilhoso que vai agregar muitos conhecimentos e vai ajudar muitas pessoas. E esse é o meu objetivo maior, ser útil para aqueles que precisam”.
Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual, um total de mais de 6,5 milhões de pessoas: 528.624 pessoas cegas, 6.056.654 pessoas com baixa visão e 29 milhões de pessoas com alguma dificuldade permanente de enxergar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as principais causas de cegueira no Brasil entre os adultos são: catarata, glaucoma, retinopatia diabética, atrofia do nervo óptico, retinose pigmentar e degeneração macular, e entre as crianças, as principais causas são glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade, catarata congênita e toxoplasmose ocular congênita.