Cursinho Popular da UEMASUL é retomado após dois anos
O público alvo do programa são alunos de baixa renda, estudantes de escolas públicas e/ou bolsistas de escolas privadas, que visam realizar provas de vestibular.
A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) promoveu, nesta segunda-feira (09), a primeira aula do Cursinho Popular, após as restrições da pandemia da Covid-19. O programa tem como objetivo democratizar o acesso de jovens e adultos ao ensino superior, por meio do ensino pré-vestibular. As aulas acontecem no prédio II do Campus Imperatriz, de segunda à sexta-feira, das 19h às 22h, e aos sábados, das 14h às 17h, totalizando 18 horas de aula semanalmente, durante os meses de setembro a outubro de 2022.
A estudante Mariana Gomes Xavier, 16 anos, cursa o terceiro ano do ensino médio, no Centro de Ensino Francisco Alves II, em Imperatriz. Ela vai participar pela primeira vez, do Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior (PAES) e do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e para melhorar o desempenho nas provas, inscreveu-se no Cursinho Popular. “Assim que vi as publicações de divulgação eu já decidi me inscrever. Estou gostando, os professores são excelentes e todos têm uma história, um contexto de realização de provas do PAES, então se torna uma transferência de experiência pra gente. Eu gostei muito dessa proposta de fazer o cursinho, porque a gente sabe que pessoas de condição financeira mais baixa têm dificuldades para ter esse acesso aos conhecimentos específicos de provas, fornecido por cursos particulares, então eu indico o cursinho para as gerações futuras porque ajuda bastante”.
Além de envolver estudantes que desejam ingressar na UEMASUL, o cursinho também promove experiências aos acadêmicos da universidade. O desenvolvimento do conteúdo das aulas envolve professores da instituição e monitores selecionados por meio de edital interno voltado aos acadêmicos da UEMASUL. Neste processo, professores selecionam os assuntos de maior incidência em vestibulares para serem abordados, enquanto os monitores desenvolvem e ministram as aulas. A metodologia adotada baseia-se em revisão e prática de questões, considerando o tempo disponível para o preparatório.
Por meio do programa, acadêmicos e acadêmicas dos cursos de licenciatura colocam em prática a futura profissão, enquanto ajudam futuros alunos da instituição, como destaca o coordenador pedagógico do Cursinho Popular, João Alves. “A gente vê isso como uma forma de ajudar outros estudantes que tem um sonho, mas que não tem condições de pagar um cursinho. A gente faz isso para ajudá-los a entrarem no ensino superior e ingressarem na universidade. Está sendo uma experiência muito boa principalmente para os alunos que querem no futuro continuar na área da Educação, lecionando aulas” disse o acadêmico do curso de Medicina.
O público alvo do programa são alunos de baixa renda, estudantes de escolas públicas e/ou bolsistas de escolas privadas, que visam realizar provas de vestibular. Deste modo, o programa representa uma política extensionista de cunho social, por meio da qual a universidade aproxima os jovens do ensino superior. O programa foi implementado em 2017 e desde então já preparou cerca de 300 jovens para as provas de processos seletivos, permanecendo suspenso apenas durante os anos de 2020 e 2021, em decorrência da pandemia do Coronavírus.