Campus Açailândia realiza I Feira de artesanato da UEMASUL
Organizada por estudantes e professores, a feira valoriza a comunidade local e partilha conhecimentos.
Os estudantes dos cursos de Pedagogia, Letras e Engenharia Civil do Centro de Ciências Humanas, Sociais, Tecnológicas e Letras (CCHSTL), da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) uniram-se à Associação de Moradores da Comunidade Piquiá de Baixo (AMCPB) e ao Movimento Sem Terra (MST) para realizar a primeira edição da Feira de artesanato da UEMASUL. O evento, que ocorreu na última quarta-feira (28), contou com mesas-redondas, palestras, minicursos e exposição de artesanatos.
A I Feira de artesanato teve como objetivo principal contribuir para a formação dos estudantes, proporcionando-lhes um contato direto com a realidade social de Açailândia. Os temas abordados incluíram produção agrícola, movimentos sociais, geração de renda e acesso à universidade.
A reitora da UEMASUL, professora Luciléa Ferreira Lopes Gonçalves, destacou a importância do evento para a vida acadêmica: “É sempre enriquecedor ter eventos como esse ocorrendo na universidade, momentos que aproximam as realidades vividas próximas a nós, em nossas cidades. As pessoas e movimentos contribuem conosco, assim como nós contribuímos com eles.”
A programação da feira incluiu oficinas de crochê utilizando fio de malha residual, rodas de conversa sobre mulheres e trabalho, demarcação de terras indígenas e a reforma agrária no Brasil. Os estudantes também apresentaram relatórios das atividades desenvolvidas durante o projeto “Educação popular no Piquiá”.
Júlio César, aluno do 4º período do curso de Pedagogia da UEMASUL, falou sobre a experiência positiva que a atividade que desenvolveu com crianças do assentamento Piquiá de Baixo, proporcionou: “Atualmente, estou estagiando no SENAI, uma escola técnica, e não tenho contato direto com crianças. Participar desse projeto foi muito importante para mim. No início, elas estavam tímidas, mas depois conseguimos envolve-las em uma gincana que propusemos para trabalhar o lúdico e a brincadeira no contexto da aprendizagem.”
O professor Marcos Lira, um dos organizadores, explicou que a iniciativa partiu dos próprios alunos: “A feira foi ideia dos estudantes a partir da disciplina de Fundamentos da metodologia de ciências naturais, que requer uma prática de campo e resultou na criação do projeto de educação popular. Essa reflexão destaca o compromisso dos educadores não apenas com o processo de ensino, mas também com um compromisso ético, político e social com a comunidade, entendendo como essa relação é importante para construir uma educação mais humanizada e uma sociedade mais justa e equitativa”.
A I Feira de artesanato da UEMASUL demonstrou a importância da integração entre a universidade e a comunidade, proporcionando um espaço de troca de conhecimentos, valorização da cultura local e fortalecimento dos laços entre academia e sociedade.