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Projeto “Papo de menina” orienta sobre educação sexual

A partir dos dados coletados será elaborado um material educativo com foco nas discussões e nas reflexões sobre as principais dúvidas.


Ascom UEMASUL

O projeto encontra-se em sua segunda edição, e o objetivo principal é o de realizar atividades educativas com os adolescentes para sanar as principais dúvidas relacionadas aos direitos à saúde sexual e reprodutiva. Foto: Ascom/UEMASUL.

O projeto de extensão “Papo de menina”, aprovado para o ciclo 2024 pelo Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEXT), está sendo desenvolvido pelo curso de Medicina, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), sob a orientação da professora Raquel Vilanova Araújo, com a participação de três estudantes; a bolsista Ana Clara Tavares Dantas Nogueira e os voluntários Luan de Sousa Oliveira e Leticia de Jesus Veloso Amorim.

Para a bolsista Ana Clara, que está no oitavo período do curso, o projeto de extensão é uma oportunidade de colocar em prática os ensinamentos das salas de aula. “O Papo de menina sempre foi uma vontade minha, acredito que por ter vindo de uma escola tradicional religiosa, de poder falar sem complicação sobre temas que eu só vim descobrir como e o que era na graduação. Extensão universitária é algo que eu gosto bastante, porque é o meio de colocar em prática o que a gente aprende nos livros, além de ser um importante retorno para a sociedade. É muito importante para minha futura profissão saber repassar conhecimentos em saúde fora do consultório. É o que a gente chama de prevenção primordial, ou seja, incentivo à saúde antes de adoecimento acontecer”.

O projeto encontra-se em sua segunda edição, e o objetivo principal é o de realizar atividades educativas com os adolescentes para sanar as principais dúvidas relacionadas aos direitos à saúde sexual e reprodutiva. Neste novo ciclo, as ações estão sendo desenvolvidas para um público de 50 adolescentes na faixa etária de 14 a 17 anos, do Centro de Ensino Graça Aranha.

Para a estudante MF, de 16 anos, os participantes do projeto são privilegiados pelo acesso às informações. “Dentro da minha família tive orientações da minha madrinha, não tive dos meus pais, por ter uma família tradicional. Conheci o projeto no ano passado, e ele impacta a todos nós, porque nos informa sobre assuntos que nos interessam e nem sempre temos acesso. Somos muito privilegiados por participar desse projeto. É extremamente importante, porque essas informações nos protegem, nos ajudam a evitar a gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis, e caso tenhamos relações sexuais, teremos com responsabilidade”.

A educação sexual engloba as informações sobre o funcionamento dos órgãos sexuais, a prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e também é uma forma de enfrentamento à violência sexual. Foto: Ascom/UEMASUL.

O projeto indica que menos de 20% das escolas públicas brasileiras têm atividades de educação sexual. Com relação ao Maranhão e a Imperatriz, ainda de acordo com informações do projeto, não existem dados sobre o assunto, porém, considerando outros parâmetros, como o percentual de conclusão do ensino fundamental (Brasil 4,6; Imperatriz 4,3), pode-se afirmar que a educação sexual se encontra ou no mesmo cenário ou pior do que a realidade nacional. 

“É de suma importância que a universidade construa formas de preencher essas lacunas, sendo a extensão uma das possibilidades. E, apesar de algumas associações não fundamentadas entre a educação sexual com promiscuidade e banalização do sexo, é válido ressaltar que o tema consiste na oportunidade que pais, professores e profissionais da saúde têm de esclarecer e orientar as crianças e os adolescentes sobre as diversas questões relativas à temática, sendo o ambiente escolar o local ideal para que as atividades de educação sexual sejam realizadas”, ressaltou a professora Raquel.

A educação sexual nas escolas públicas faz parte das ações do programa Saúde na escola, desenvolvido pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde e implementada pelos municípios. Para o público adolescente, a educação sexual engloba as informações sobre o funcionamento dos órgãos sexuais, a prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez indesejada e também é uma forma de enfrentamento à violência sexual.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística durante  a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense, 2015), 33,8% dos  adolescentes do 9º ano do ensino fundamental afirmaram não ter usado camisinha na última relação sexual.

Entre 2007 e junho de 2022, 102.869 jovens de 15 a 24 anos foram infectados pelo HIV. Entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos infectados pelo vírus evoluíram seus quadros de síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), segundo o Ministério da Saúde. 

Sobre os casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, também com dados do Ministério da Saúde, de 2015 a 2021, foram registrados 202.948 casos;  sendo 83.571 contra crianças e 119.377 contra adolescentes. Em 2021, o número de notificações foi o maior registrado ao longo do período analisado, com 35.196 casos.

Será realizado junto aos adolescentes, um diagnóstico das principais dúvidas relacionadas aos direitos humanos e à saúde sexual e reprodutiva.  Em outro momento serão ofertadas as oficinas: HPV e outras ISTs; Gravidez na adolescência, o que fazer? E quais os direitos da gestante?; Endometriose; Infecções do trata genito-urinário que não são transmitidas sexualmente; Higiene íntima, uso de absorventes, banhos e chás de assento; Relações afetivas e o conhecimento sobre o outro; Como identificar e proceder diante de assédios e abusos. Ao final das atividades do projeto será elaborada uma cartilha com foco nas discussões e reflexões sobre as principais dificuldades e dúvidas dos adolescentes;  produzidos artigos e realizadas apresentação de resumos na Semana Acadêmica de Pesquisa, Inovação e Extensão (SAPIENS) e congressos.

 

Texto: Mari Marconccine
Fotos: Ascom/UEMASUL.
Assessoria de Comunicação/UEMASUL


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